Na sequência do questionário de verificação prévia aos candidatos do Governo da República, e do evidente desconforto por parte do Presidente do Governo Regional da Madeira perante esse escrutínio para atestar as condições de isenção, incompatibilidade e imparcialidade ao exercício das funções públicas, e para não deixar margem para dúvidas e aplicar na Madeira o questionário que irá ser implementado na República previamente à integração de novos membros no Governo. Nada melhor que não seguir o exemplo de Frei Tomás, que originou a frase “faz o que ele diz e não o que ele faz”.
Se Albuquerque não tem esqueletos, e nenhuma “ossada” a esconder na Quinta Vigia, que não se refugie em escapatórias, e que não tenha medo dos eventuais “vultos” e submeta os membros do seu Governo ao questionário para atestar eventuais incompatibilidades e condições de isenção. Muito simples!
Se Albuquerque não tem medo, que aplique na Região o questionário da República.
E recordamos que Miguel Albuquerque prometeu à população, em 2015, que iria implementar na Madeira um regime de incompatibilidades idêntico ao nacional, que iria avançar com a limitação de mandatos à Presidência do Governo Regional e a acabar com a acumulação de reformas e vencimentos. Até à data nada fez, a não ser conversa fiada para manter uma classe privilegiada!
Que não se refugie num Estatuto que não é revisto há mais de 20 anos. Perguntar-se-á se a Autonomia foi criada para manter um regime de exceção da classe política à base de uma carta de privilégios que permite, ainda, acumular pensões com vencimentos?
Dentre das 36 perguntas do questionário referido existem entre outras, uma que era útil responder para já: “Tem conhecimento de que seja objeto de investigação criminal qualquer situação em que, direta ou indiretamente, tenha estado envolvido?”. De que tem medo Miguel Albuquerque?
O líder parlamentar,
Élvio Sousa
