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Manda a experiência que antes de tomar qualquer ação reflitamos sobre o que vamos fazer.

Por isso, numa altura em que o JPP se prepara para enfrentar três grandes desafios, proponho uma reflexão em torno da questão: o que posso eu fazer para ajudar o JPP a crescer?

Bem, todos sabemos que nem tudo nasce, mas que tudo o que nasce, cresce e, eventualmente, um dia, irá morrer. É assim com as plantas, é assim com os animais, é assim com as pessoas, com os países, com os impérios.

Deixem, então, que, para comprovar a minha ideia, use uma imagem: os campos, a paisagem que vemos pela janela.

Quando saímos a passear, aqui por Santa Cruz, ou na Camacha, no Caniço, Santo António da Serra ou por Gaula, ou por qualquer outra localidade aqui da nossa Ilha. Quando saímos a passear , dizia, encontramos campos que são autênticos jardins, cuidados e bem tratados, mas encontramos, também, lugares ao abandono, campos cobertos de infestantes, selvagens. Talvez os seus donos tenham emigrado, talvez os seus donos tenham considerado que não valia a pena o trabalho duro de plantar, talvez os seus donos sejam simplesmente desleixados. Não trataram o terreno, não lançaram as sementes, não cuidaram das plantas.

O mesmo acontece com as pessoas, os países, os movimentos ou partidos políticos.

Apesar da comunidade precisar de organizações e de pessoas que cuidem, tratem do que é de todos, há pessoas que não querem saber daquilo que o rodeia, da sua cidade, da sua polis; outros são forçados a emigrar e, forçadamente, abandonam os projetos; alguns até “plantam”, mas com o objetivo de guardar tudo para si, esquecendo os outros, destruindo o que é seu e da comunidade. E assim, nem os campos produzem, nem os projetos se desenvolvem, nem os partidos políticos crescem e geram melhorias para todos. Uns e outros, campos e políticos, tornam-se  espaços inúteis que nada produzem e que para nada servem.

Mas também há outros agricultores – ou políticos – que decidem lançar mãos à obra, arregaçam as mangas e vão à luta. Preparam o campo, plantam, rezam para que o trabalho dê frutos, madrugam, trabalham de sol a sol, sem descanso, incansáveis contra a Natureza madrasta ou os Homens maus, esperam pacientemente que a terra acolha as suas sementes, as suas ideias e frutifique, e cresça e dê fruto.

Foi assim com o JPP.

Um pequeno grupo decidiu que estava na altura de limpar os campos infestados de ervas daninhas, na altura de combater a monocultura partidária que atacava os campos de Gaula, de Santa Cruz, da Região. Foram à luta, arregaçaram as mangas. Recordo aqui: Paulo Alves, Anita Nunes, João Mata, Rubina Gomes, João Pantaleão, Élvio Sousa, Filipe Sousa, Carlos Costa, Arlindo Quintal Rodrigues e António Ribeiro. Tiveram vitórias, tiveram derrotas. Singraram. Hoje, o JPP é uma referência incontornável na paisagem política e social da Madeira. Dá frutos.

Mas, tal como uma qualquer cultura, enfrenta desafios constantes, difíceis, quotidianos, enfrenta obstáculos, enfrenta doenças. A doença do cansaço, a doença do egoísmo, a doença do protagonismo. Uma espécie de filoxera que vai atacando, atacando, atacando as plantas mais verdes, os frutos mais viçosos, pondo em perigo todo o trabalho de anos.

Por isso se coloca a questão: o que posso fazer para ajudar o JPP a crescer? Ou, o que poderá ser feito para controlar essas pragas que nos afetam e manter bem limpo, bem vivo, produtivo o nosso campo?

Certamente, leitor, terás em mente a tua solução a tua resposta e eu atrevo-me também, como simples elemento do JPP, aprendiz de político, a apresentar duas soluções:

– olhar o passado;

– pensar o futuro.

Vamos olhar o passado.

Vamos pensar como foi difícil chegar até aqui.

Vamos pensar quantos sacrifícios foram necessários para que hoje o JPP seja uma referência, temido e invejado pelos outros “agricultores”. Temos um campo de que nos orgulhamos, temos já uma história, temos pastores, agricultores, bananicultores que reconhecem o trabalho do JPP; olhem, temos um edifício emblemático que permanecerá de pé, testemunhando a cultura de um povo, por ação do JPP, temos listas de espera na saúde mais transparentes por ação parlamentar e camarária; temos um Governo menos arrogante e mais preocupado em não falhar, pois sabe que o JPP está aí para fiscalizar. Temos até uma comunicação social hostil, mas que nos respeita, porque cumprimos a Lei e exigimos que se cumpra a Lei.

Temos um passado, caros congressistas, agora temos de continuar a construir um futuro. Não nos podemos deixar abater porque surgiram diferenças entre nós. Não nos podemos deixar abater porque o JPP cresce e tudo quanto cresce enfrenta desafios. Não nos podemos deixar abater. E porquê? Porque temos um passado e temos a responsabilidade, porque temos um passado e temos que o honrar, porque temos um passado e temos uma causa que é tão justa, quanto importante. E se acreditarmos com a força suficiente, capaz de transformar a sociedade em que vivemos num espaço mais justo e fraterno, então temos que lutar. As próximas gerações irão beneficiar, ou sofrer, face ao trabalho que hoje fazemos e que tem impacto no Futuro.

O JPP tem um propósito, nós temos um propósito, para este ano: vencer os desafios das eleições nos Açores, na República e na Europa.

O JPP tem uma causa, tem valores, tem um ideal: lutar pela melhoria das condições de vida dos porto-santenses e dos madeirenses.

E esse ideal apenas se concretizará se todos trabalharmos para conquistar a confiança dos eleitores; no terreno, trabalhar para obter o melhor resultado eleitoral possível. Os resultados são como que o adubo, permitam-me a expressão, são os nutrientes que alimentam o crescimento do partido. Um partido maior e mais forte, produz mais e melhores benefícios para todos os cidadãos. O Povo ganha sempre que o JPP ganha.

Vamos, então, honrando o passado do JPP, lutar pelo melhor resultado possível, vamos todos trabalhar para manter limpo, bem cuidado e produtivo o campo do JPP.

Os madeirenses e os porto-santenses precisam do JPP. Os açorianos precisam do JPP. Todos os portugueses precisam do JPP.

Vamos crescer!

Vamos em frente!

Vamos sem medo!

 

Carlos J. M. Silva

Observação:

– A responsabilidade das opiniões emitidas nos artigos de opinião são, única e exclusivamente, dos autores dos mesmos, pois a defesa da pluralidade de ideias e opiniões são a base deste espaço criado no site;

– Os posicionamentos ideológicos e políticos do JPP não se encontram refletidos, necessariamente, nos artigos de opinião contemplados nesse mesmo espaço de opinião

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