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O Juntos pelo Povo (JPP) fez as contas e até esta altura, “desde assessorias jurídicas, serviços de assessoria técnica, emissão de pareceres e serviços de consultadoria, o governo regional já gastou 568 mil euros do orçamento regional”, tendo em vista o concurso público internacional para transporte marítimo regular de passageiros e carga do navio ferry entre a Madeira e o continente. “E até agora sem efeitos práticos”, revelou Élvio Sousa, em conferência de imprensa, esta manhã na Assembleia Legislativa da Madeira.

O líder do grupo parlamentar do JPP lembrou que as respetivas adjudicações estiveram todas a cargo da Secretaria Regional de Economia, Turismo e Cultura, liderada na altura por Eduardo Jesus, e da autoridade portuária (APRAM), titulada pelo referido ex-secretário regional. E deixou alguns exemplos: as assessorias jurídicas pagas à sociedade de advogados Fontes e Neves (159 mil euros) e ao engenheiro Valter Manuel do Carmo Duarte (122 mil euros), adjunto do anterior Gabinete do Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, Miguel Castro Pinto Luz, do governo PSD/CDS.

“O JPP considera que, do ponto de vista político, o Governo PSD está a aproveitar a promessa eleitoral, ainda sem concretização, para gastar, eu diria mesmo esbanjar dinheiro dos contribuintes sem efeitos práticos. Estamos a falar de quase 600 mil euros, que dariam para construir uma nova rampa roll-on rol-off no porto do Funchal”, salientou o deputado.

O Juntos pelo Povo alertou ainda para o que considera ser “uma ‘orquestra’ ensaiada pelo Governo Regional e por outros parceiros económicos no sentido a desacreditar a viabilidade futura de uma moderna e rápida ligação por ferry, sobretudo quando se coloca a tónica na percentagem dos passageiros, omitindo deliberadamente a vertente da carga rodada e das viaturas, que durante a operação anterior aumentou na ordem das 20 mil toneladas por ano“.

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