Aconteceu mais um processo eleitoral autárquico. Aconteceu a primeira experiência autárquica do JPP, enquanto partido político. Os resultados são animadores.
Ao nível nacional, e a norte, ensaiou-se uma coligação para o Município da Maia, onde isoladamente o JPP elegeu mais de 60 autarcas, inclusive a presidência da Junta de Freguesia de Milheirós com a eleição de Maria José Neves, indicada pelo JPP.
A coligação em Lisboa, Loures, Sintra e Cascais também fez eleger autarcas. O mesmo aconteceu com a coligação no Funchal.
As candidaturas em listas próprias de Felgueiras e Odivelas estiveram abaixo dos 2%. No entanto, estão lançadas as sementes, pois o trabalho autárquico não se alavanca exclusivamente com estratégias coligativas e em apenas quinze dias do ato eleitoral. O trabalho na defesa das populações inicia-se doravante, com ou sem eleição de candidaturas.
Do ponto de vista pessoal, e sem discriminação de partes, estou convicto – até pela experiência autárquica – de que os projetos de lista própria, mesmo aqueles cujos resultados não ofereceram as expetativas criadas, têm imenso potencial para crescer. Recordo que, em Santa Cruz, em 2008, o Movimento partiu de valores percentuais muito baixos. A seu tempo, e com trabalho árduo na defesa das populações, atingiu objetivos mais expressivos.
Na Região Autónoma da Madeira, o JPP consolidou a votação no Município de Santa Cruz, tendo atingido cerca de 60,1% das intenções, e iniciou a sua influência direta em Machico e na Ribeira Brava, onde elegeu deputados e foi, nos dois concelhos, o terceiro partido mais votado. Ao nível do total regional, o JPP assume-se como terceira força política, conforme dita o número de votos.
Uma palavra de apreço a todos os grupos de cidadãos eleitores que, ao nível nacional, constituem a quinta força política (com 6,7% das intenções de voto). Reconheço a conquista, as dificuldades, a perseverança de todos os envolvidos, felicitando-os pelo arejamento democrático. Muitos destes grupos de cidadãos eleitores confrontam-se agora com a extinção e a perda de identidade jurídica e fiscal. Um problema do nosso sistema constitucional e legislativo, pelo qual o Juntos pelo Povo passou, levando à decisão de se tornar partido, sem no entanto fugir às raízes do Movimento.
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