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Bom dia,

Em primeiro lugar, renovo o desejo de continuações de uma excelente Páscoa, neste domingo em especial.

Falo-vos, hoje de coerência e de experiência. Estou há oito anos no Parlamento regional, e iniciei as minhas lides na política, através de um grupo de cidadãos eleitores, em 2008. Nunca aderi a nenhum partido político tradicional, e quando o fiz pela primeira vez, foi através de um projeto político que fiz parte enquanto fundador. Convivo todas as semanas com pessoas rarefeitas e concebidas nos partidos, cuja ação se coartam também por uma postura fechada, eclética e demasiado calculista. Cada vez mais me identifico com ideais e causas e menos com ideologias.

Durante a crise política fomos, sem dúvida, um dos poucos “adultos” que defenderam o interesse coletivo e a estabilidade social e económica com a discussão prioritária do Orçamento. Depois viria, como é óbvio, o interesse partidário. Por isso, não envergamos pelo campeonato das moções de censura pois tínhamos a perfeita consciência que ao adiar a resolução dos problemas aos madeirenses sem um Orçamento, uma moção de censura seria uma atitude grosseiramente incoerente. E não perceber isso, é falta de visão humanista e oportunismo. Em política não vale tudo, sacrificando as expetativas do Povo, e por mera agitação partidária.

Na passada quarta-feira ao ser recebido pelo Presidente da República Marcelo revelou-nos logo no início da reunião que iria dissolver a Assembleia Legislativa Regional, explicando os motivos.
Cá fora, os jornalistas questionaram-me o que tinha adiantado Marcelo Rebelo de Sousa. Na altura, expressei que o tinha sido dito na reunião por parte do Presidente da República, por educação e por civilidade, deveria ser o próprio a revelar. Isso aprende-se no berço, seja ele de palha ou de cetim.

É certo que a instabilidade começou quando deliberadamente Albuquerque e o quadrunvirato do calculismo partidário, conjeturaram que adiar a discussão e aprovação do Orçamento faria crescer a pressão esperando uma decisão distinta por parte de Marcelo. A planificação calculista falha, quando o destino está desenhado.

Daí que considere que fomos coerentes em defender primeiro a estabilidade orçamental e sensatos em manter os olhos e ouvidos bem abertos, e a boca bem fechada. Por isso, repudio todos os comportamentos de vaidade e de ambição desmensurada. Estou cada vez mais distante de toda essa lógica interesseira, “umbiguista” e calculista.

Texto de Élvio Sousa, líder do JPP, na sua página pessoal de Facebook.

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