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O grupo parlamentar do JPP participou no III Fórum Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, um evento organizado pelo Núcleo Regional da EANP Portugal / Rede Europeia Anti Pobreza e que contou com um painel que integrou todas as forças políticas com assento no Parlamento Regional, por conta do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, assinalado no último dia 17 de outubro.

A deputada reforçou a importância deste debate que transportou para a agenda política um tema que, até há pouco tempo, “era considerado por muitos dos nossos governantes um tema tabu. Felizmente, e pela primeira vez na Madeira, estão a ser dados passos fundamentais para compreender este fenómeno que afeta milhares de famílias, independentemente da sua situação laboral, da sua formação e da sua idade”.

“Hoje, somos a Região com a maior taxa de risco de pobreza do país: 1 em cada 4 pessoas na Madeira vive numa situação de risco de pobreza. Temos cada vez mais famílias que têm de escolher entre o supermercado, a farmácia, a conta da eletricidade, por exemplo, para conseguir pagar o crédito à habitação”, lamentou.

Para o JPP, “o combate à pobreza e à exclusão social envolve vários setores desde a saúde, a educação, a habitação, as mobilidades, o emprego, a justiça, portanto, as políticas públicas têm de considerar a transversalidade e a multidimensionalidade desta problemática. Enquanto a pobreza for considerada um problema da Pessoa, nada mudará”.

“Quando uma pessoa é obrigada a recorrer ao serviço de saúde privado porque não tem resposta nos serviços públicos, muitas vezes, adiando o pagamento de uma despesa fixa para o mês seguinte, é o próprio Estado, neste caso, o Governo Regional que empurra esta Pessoa, este utente, para uma situação de pobreza”, exemplificou.

Lina Pereira lembrou que na Madeira ainda há quem viva com muito menos de 500 euros por mês, “ao contrário do que já foi afirmado pelo próprio Presidente do Governo Regional e quem não sabe disto, não conhece a verdadeira realidade das famílias”.

“São milhares os idosos que vivem com pensões muito baixas, sendo eles um dos grupos de maior vulnerabilidade a contextos de pobreza. O reforço do complemento de pensão e o aumento do número de ajudantes domiciliárias são exemplos de duas medidas que, para o JPP, são fundamentais e que têm de ser implementadas já no próximo ano”, referiu.

“Esperemos que a maioria parlamentar, agora com o apoio do PAN, acompanhe o JPP nestas medidas e permita condições mais dignas aos nossos idosos”.

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