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Numa iniciativa que decorreu esta manhã, na sala de imprensa da Assembleia Legislativa da Madeira, Élvio Sousa anunciou que, o JPP vai requerer na 3ª Comissão Especializada de Ambiente Clima e Recursos Humanos, a audição parlamentar a quatro entidades ligadas direta ou indiretamente ao negócio do Teleférico do Curral das Freiras, de forma a dissipar quaisquer dúvidas nesta concessão a 60 anos (2084).

Para o líder do JPP, a recorrente falta de transparência da administração pública, com a necessidade de recurso aos tribunais, manifesta-se uma vez mais no projeto do Teleférico do Curral das Freiras, “o JPP teve de recorrer novamente à justiça, para que a população tenha acesso a todas as partes do procedimento (nomeadamente ao estudo de viabilidade económico-financeira e às propostas entregues pela empresa. Para tal o JPP deu entrada a um pedido de audição parlamentar com caráter de urgência à 3.ª comissão especializada Ambiente, Clima e Recursos Humanos”, anunciou Élvio Sousa.

O líder parlamentar do JPP adiantou, “por forma a dissipar as muitas dúvidas geradas, torna-se assim imprescindível ouvir em audição parlamentar as seguintes quatros entidade: a Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente, a direção do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, ICFN, a empresa de Contabilidade Opção Divina, LTD – autora do Estudo de Viabilidade Económico e Financeira do Teleférico e Parque Aventura do Curral da Freiras e a empresa Inspire Capital Atlantic”.

“Recordamos que a contrário de que o Governo afirmou, haverá investimento público neste projeto, e ainda sem quantificação divulgada, pois a Quinta Vigia ainda não respondeu ao pedido de informação. Uma situação que vem adensar a natureza pouco transparente do processo e as evidências de que as finanças da Região serão altamente lesadas”, lamentou Élvio Sousa.

“Repare-se que neste tipo de concessões o retorno do investimento acontece normalmente nos primeiros 20 anos de exploração. A concessão a 60 anos penaliza as gerações futuras, favorecendo uma minoria. A exploração do Teleférico prevê pagar à Região apenas 2 mil euros mensais, 24 mil euros ao ano nos primeiros 10 anos de exploração, um valor muito baixo, quando comparada com os 5,2 milhões euros de receitas anuais apontadas pelo estudo. Uma concessão a 60 anos com estes valores como referência (muito conservadores diga-se) significa uma receita global de 312 milhões de euros”, concluiu.

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