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“Está na altura de revelar aos madeirenses onde anda a GESBA (empresa pública da banana) a gastar o dinheiro dos agricultores. A GESBA sempre escondeu as contas dos bananicultores, e a prova disso é o facto dos Relatórios de Gestão/Contas não se encontrarem na página da Secretaria Regional da Agricultura, mas sim no sítio da internet do JPP.

É preciso explicar aos madeirenses, e aos agricultores em geral, onde anda a empresa pública a gastar o dinheiro da venda da banana dos agricultores, que são mais de 12 milhões ao ano. Por isso, está na altura de passar as contas da empresa a pente fino, porque está muito “boa gente”, muitos grupos monopolistas, muitos “parasitas” a ganhar imenso dinheiro à custa do trabalho escravo dos agricultores.

A GESBA está muito mal gerida financeiramente, serve de manjedoura para determinados grupos e está a alimentar clientelas do PSD/CDS. Vejamos: em 2021, de vendas anuais de banana estimadas em 18,92 milhões, pagaram apenas 6,7 milhões aos bananicultores, ficando por explicar o saldo de 12,17 milhões dessas contas. Ou seja, o agricultor recebe, apenas, um terço da banana que é vendida pela GESBA. Por cada 3 kg de banana que a GESBA vende, o produtor recebe apenas 1kg.

Por isso, o JPP vai envolver todos os produtores num processo de transparência pública para passar as contas da GESBA a pente fino, e mostrar publicamente os contratos, os gastos, os fornecimentos de serviços, as assessorias, os custos de transportes, e os honorários gastos como dinheiro e o suor do trabalho dos produtores.

Vejamos: uma empresa pública que vende 18 milhões, e apenas distribui 6 milhões aos seus produtores não é uma entidade pública credível e ao serviço do povo e dos agricultores. É uma manjedoura regional para meia-dúzia viver à custa do trabalho escravo do agricultor, é um “palácio de Versalhes” que usa o trabalho do povo para suportar uma minoria e uma aristocracia esbanjadora à moda de Albuquerque.”

Élvio Sousa

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