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Filipe Sousa, cabeça de lista do JPP à Assembleia da República, aproveitou a apresentação pública da sua candidatura, que decorreu ontem no Funchal, para denunciar as incoerências do PSD e do PS que muito têm prejudicado os madeirenses, pois os dois partidos nem sempre fizeram a defesa da Madeira na República, manietados que estão pelas direções partidárias nacionais. Alertou ainda os madeirenses para não se deixarem enganar pelos partidos extremistas, com gente que saiu dos partidos tradicionais e que agora tentam arranjar um lugar ao sol para depois fazerem o que sempre fizeram: esquecer os problemas da população.

Deste modo, sublinhou que nestas eleições o JPP “apresenta-se como um puro sangue madeirense”, particularidade que é de destacar num panorama político que é, há muito anos, dominado por uma bipolarização política entre o PS e o PSD, que deram já mostras, por diversas vezes, de não defenderem os interesses da Madeira, nem resolverem os problemas estruturais do país. Filipe Sousa deu o exemplo de uma iniciativa que foi aprovada na Madeira para redução do IVA e que depois foi chumbada na República pelos mesmos partidos que aqui tinham votado a favor. “São dominados pelo poder de Lisboa e votam contra a população madeirense”, afirmou o candidato do JPP.

O candidato disse que é contra este estado de coisas que o JPP quer combater, sendo uma voz das ilhas por Portugal e a favor das muitas ilhas, geográficas e sociais, que passados 50 anos de abril Portugal ainda não resolveu. “São doentes abandonados à porta dos hospitais, são idosos esquecidos com pensões de miséria, são quase um milhão de jovens a sair do país, porque aqui não encontram trabalho. Isto revela que o PS e o PSD não resolveram problemas estruturais no emprego e em muitas outras áreas”, sustentou.

O cabeça de lista do JPP aproveitou ainda a apresentação da candidatura para alertar os madeirenses no sentido de não se deixarem iludir por extremismos e pelos mesmos de sempre, com as mesmas promessas que provaram nunca cumprir. “Há partidos que se aproveitam deste descontentamento que resulta da falha da governação PS e PSD”, vincou, prevendo que na próxima semana a Madeira seja invadida pelos líderes nacionais dos partidos com as promessas de sempre. “Estou a recordar Montenegro, que era líder parlamentar do PSD quando iniciámos a governação na Câmara de Santa Cruz, que vem para cá prometer baixar os impostos, mas foi ele que moveu uma ação contra nós e todo o povo de Santa Cruz quando recusamos aumentar os impostos municipais como Passos Coelho queria”, relembrou.

Filipe Sousa concluiu que “são estas incoerências que queremos demonstrar ao povo madeirense para que não se deixe enganar, quer pelos que sempre enganaram o povo, o PS e o PSD, quer pelos novos partidos extremistas, compostos por pessoas que saem destes partidos tradicionais para tentarem arranjar um lugar ao sol e esquecerem os problemas reais da população”, alertou, num evento que contou com as intervenções do candidato pelos Açores, Mário Rui Pacheco, a mandatária da candidatura, Élia Ascensão, e o secretário-geral do partido, Élvio Sousa, onde garantiram que o JPP é diferente e será uma voz genuína e de causas na Assembleia da República.

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