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O secretário-geral do JPP voltou este domingo a desconstruir “a narrativa do medo” do PSD e CDS para “amedrontar, criar instabilidade e incerteza” na opinião pública, em virtude do momento político na Região, e quando cresce a possibilidade de o acordo parlamentar PSD/CDS ser insuficiente para deixar passar o Programa de Governo no Parlamento, na próxima semana, depois de JPP, PS e Chega já terem anunciado que vão votar contra.

Élvio Sousa e uma comitiva do partido, a exemplo do que fizeram no domingo após as eleições, na Calheta, percorreram Santa Cruz na manhã deste domingo para “agradecer à população” pela “confiança política” e reforço eleitoral nas eleições de 26 de maio, que colocou o JPP como a terceira maior força política da Região, com nove deputados eleitos, mais quatro do que nas anteriores eleições, em setembro de 2023.

A visita ao concelho onde Élvio Sousa tem residência, acontece menos de 24 horas depois de o JPP, já na noite de sábado, ter anunciado à Região que o partido irá votar contra o Programa de Governo. “Viemos agradecer, como sempre fazemos, e também explicar a nossa posição”, referiu, acrescentando: “Depois de termos ouvido os órgãos do partido e os militantes, ficou decido, por unanimidade, votar contra. Mas não votamos contra, simplesmente porque sim. Ao contrário de outros partidos, que disseram logo que não aprovariam só por ser do PSD, nós só emitimos juízo de valor depois de lido e relido o documento.”

O secretário-geral critica “a narrativa do medo e do terror” que PSD e CDS “andam a lançar na opinião pública” e insiste que a crise política “é da responsabilidade” de Albuquerque por ter recusado aprovar o Orçamento para 2024 em fevereiro. “Na altura o que dissemos foi para terem juízo e que aprovassem o Orçamento, não quiseram, não nos podem acusar dessa irresponsabilidade.”

O dirigente diz que o “clima de medo é infundado” e explica porquê: “Não haverá despedimentos nas empresas de construção civil, as obras continuam com os duodécimos. Não haverá congelamento das carreiras da função pública. As empresas, os clubes, as associações, os agricultores, os pescadores, toda a classe trabalhadora, todo o tecido empresarial e social não vai ficar sem apoios.”

Para combater esse clima e sossegar as populações, Élvio Sousa anuncia que o partido, na próxima semana, “irá explicar como funciona um orçamento por duodécimos e em função da gestão da Região”.

O político diz ainda desconfiar do teor da conversa que Albuquerque levou ao Representante da República, menos de 48 horas depois das eleições. “Foi dizer que tinha o apoio da Iniciativa Liberal e do Chega para aprovação do Programa e do Orçamento, quem é aqui o mentiroso? Já pedimos ao Representante da República para esclarecer esta situação.”

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