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A frase é de ontem e da parte do Dr. Maurício Melim, coordenador da unidade de emergência em saúde pública que afirmou “quando um cidadão precisa de uma consulta e essa consulta chega ao fim de 3 ou 4 anos, quando uma pessoa precisa de uma cirurgia e essa cirurgia chega ao fim de 8, 10 anos, nós não estamos a promover saúde

As palavras de um responsável experiente, com responsabilidade na gestão da Saúde na Madeira vão ao encontro de uma das áreas que o JPP tem mais se debatido, que é o de acabar com esse flagelo de termos utentes a esperar anos e anos por uma consulta, uma cirurgia ou exame.

O anúncio do senhor Secretário Regional da Saúde, Pedro Ramos, de que irá na próxima semana, aplicar a regulamentação dos tempos máximos de resposta na espera de um ato clínico, é uma comunicação que mostra que há pelo menos 7 anos, os madeirenses estão privados dos direitos à saúde. Refiro que, ainda, há duas semanas, a maioria PSD/CDS rejeitou essa proposta do JPP, e pelo menos por quatro vezes o tema dos tempos máximos de resposta garantida foi debatido na Assembleia pelo JPP, e foi reprovado na Assembleia. Resta saber, se o senhor secretário está a pretender aplicá-los para garantir justiça e dignidade aos utentes, ou porque foi notificado judicialmente para fazê-lo sem falta?

Por outro lado, recordamos que ficou por explicar, com seriedade e rigor, o que aconteceu realmente às 19 especialidades médicas que constavam das listas de espera para consultas de 2021, e que pura e simplesmente desaparecem das listas 2022? Estamos a falar de um total de 17 308 mil referenciações que desapareceram das listas de 2022, e que, segundo o Governo, foram para “produção adicional”. Por exemplo, questionamos, o que aconteceu às 2397 inscrições que constavam da especialidade de Ginecologia, às 1032 de Medicina da dor, às 1535 de Obstetrícia, e às 1043 de gastrenterologia?

Élvio Sousa

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