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“Onde está o Ferry e como é que o PSD vai resolver o problema dos 37 mil madeirenses que estão à espera de uma consulta?” – questões lançadas pelo líder do JPP, na reação ao discurso de Miguel Albuquerque, que na tarde desta quinta-feira foi reconduzido na liderança do governo.

Élvio Sousa disse que sobre estes dois temas e outros que “precisam de ser resolvidos rapidamente”, ficou sem saber que soluções tem Albuquerque: “Na proposta para uma alternativa de governo apresentada pelo JPP, no dia a seguir às eleições, nós tínhamos a questão do ferry fechada para fazer uma viagem semanal entre a Madeira e o continente, com carga e passageiros”, garantiu.

O líder parlamentar lembrou que “com um governo liderado pelo JPP”, os madeirenses e porto-santenses teriam “o ferry a atracar todas as semanas, um governo mais reduzido, com cinco secretarias e a redução da despesa pública, tudo isto está na declaração de princípios que apresentamos à população”, nota.

Élvio Sousa diz que vai aguardar, “sem expetativas”, pelo programa de governo, e diz que a responsabilidade pela viabilização do documento é do CDS, IL e PAN. Explica porquê: “Nós não confiamos nas palavras nem de Albuquerque, nem de Jaime Filipe Ramos”, diz, para lembrar o “sentido de responsabilidade” do JPP em questões fundamentais para a vida dos madeirenses e porto-santenses.

O Secretário-Geral do JPP e líder parlamentar lembra o que se passou durante a crise pandémica: “Nós viabilizamos o Orçamento da Região apresentado pelo PSD, no tempo da Covid, porque estava em primeiro lugar a saúde e a qualidade de vida das pessoas numa situação excecional. A pergunta que faço é a seguinte: o PSD cumpriu com o que estava nesse Orçamento, não! Não cumpriu com o reforço de quadros para a Segurança Social e para áreas estratégicas, como a educação, não cumpriu o Plano de Contingência para resolver o problema do aeroporto da Madeira quando está condicionado e não cumpriu com um projeto histórico-cultural, que tinha um impacto à volta de 75 mil euros. Como confiar em pessoas que não têm palavra?”, questiona.

Élvio Sousa voltou a esclarecer que “nunca houve acordo” com o PS para uma solução de governo e recorda que se tratou de “um compromisso, que tinha o JPP a liderar uma nova solução governativa”, tendo para o efeito convidado o PS e todos os outros partidos.

A proposta foi recusada pelo CDS, IL e PAN, mas Élvio Sousa revela agora alguns pormenores: “Tínhamos uma estrutura completamente diferente da apresentada pelo PSD, com um programa e soluções, com técnicos. Teríamos, pela primeira vez, um governo liderado pelo JPP e demos esse passo em frente com responsabilidade e consciência cívica. Um partido de governo decide. Nós apresentamos uma solução diferente, mas o partido do protesto prefere ficar aqui a protestar, a dizer que não faz parte da solução, portanto não serve nem um nem outro.”

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