É inquestionável que a pandemia da COVID-19 ameaça a saúde física e mental da população. Embora as crianças sejam menos contaminadas na forma sintomática e grave da COVID-19, essas podem ser afetadas no âmbito do seu desenvolvimento emocional/comportamental e na parentalidade.
A educação dos filhos é tarefa árdua e complicada, no período de confinamento e nesta fase em as crianças ficam mais tempo por casa, são muitos os pais que sentem uma dificuldade enorme em estabelecer as regras e os limites, que até então deixaram um pouco por conta da escola ou de outros cuidadores.
Trata-se de um novo estilo de criação onde não existe um exercício coerente de autoridade e uma definição de papeis, em que os filhos olham para os pais como seus pares.
Muitos pais acreditam estar a dar uma boa educação. Mas depois, apercebem-se que tem crianças a mandar dentro de casa, essas crianças são donas do próprio nariz, quando deveriam estar a ser direcionadas pelos pais. Escolhem os passeios, programas da televisão, alimentação e tudo gira à volta do Rei ou Rainha.
Há uma idade em que as crianças começam a ser mais sociais com outras crianças; e as normas e regras sociais tendem a ter mais importância.
A criança que está habituada a receber tudo e não dar nada em troca, irá transformar-se num adulto vulnerável
As regras e limites transmitem segurança, caso contrário serão crianças desorientadas e perdidas, podemos dizer que os limites e regras são os sinais vermelhos e barreiras para seguirem o percurso da vida, minimizando os “acidentes na estrada da vida”
Os pais devem ensinar a ganhar e a perder, ouvir a palavra Não, não serem sempre o foco das situações, saberem dividir e respeitar o outro.
“Existem apenas dois legados duradouros que podemos deixar para os nossos filhos.
Um deles são as raízes, o outro as asas”Hodding Carter
RAQUEL TEIXEIRA
Psicopedagoga
Observação: