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O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) acusa Paulo Cafôfo e o PS de “traição” aos madeirenses, depois do comportamento dos socialistas no decurso da audição parlamentar (AP) do JPP para apurar a verdade sobre o grande incêndio de Agosto que lavrou na Região durante 12 dias.

Os acontecimentos de segunda-feira na Assembleia Legislativa da Madeira (ALM), durante a audição da 5.ª Comissão Especializada de Saúde e Proteção Civil para ouvir o secretário regional da Saúde e Proteção Civil, o presidente da Proteção Civil e outras entidades, marca um claro afastamento do JPP do PS. “Cafôfo, com a atitude que teve, está ao nível de Albuquerque e de Jaime Ramos, é mais um que não inspira confiança!”, declarou esta terça-feira o secretário-geral do JPP, Élvio Sousa.

Um requerimento do PS, que só chegou aos serviços da ALM uma hora e meia antes do início dos trabalhos agendados desde o passado dia 26 de Agosto, considerava “inútil” a (AP) do JPP por “sobrepor-se” à Comissão Parlamentar de Inquérito (CI) do PS, também relativa aos incêndios.

Sucede que a audição parlamentar do JPP deu entrada na ALM a 20 de Agosto e foi aprovada no dia 26, por maioria, com votos favoráveis do próprio PS, JPP, CDS, abstenção do PSD. Já a CI do PS só entrou na ALM a 5 de Setembro e foi aprovada apenas no dia 16, ou seja, ontem, pelo que ainda não está constituída.

Para o JPP não há qualquer sobreposição de iniciativas, além de que uma AP é diferente de uma CI. A verdade é que o PS não se demoveu. O requerimento pretendia o fim das audições. Colocado à votação, PS e PSD votaram a favor, o CDS absteve-se, privando a população de ser esclarecida sobre a verdade do grande incêndio.

“O que se passou segunda-feira na 5.ª Comissão Especializada de Saúde e Proteção Civil foi muito grave para o apuramento da verdade sobre os incêndios, e teve a participação manhosa e sorrateira do PS de Paulo Cafofo, que combinado com Jaime Filipe Ramos, o ‘Consiglieri’, e Miguel Albuquerque, traíram os madeirenses e impediram a presença no Parlamento, dentro duma semana, do secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos, e do responsável pela Proteção Civil”, sublinha Élvio Sousa. “Foi uma caixinha, um casamento de interesses, cujo valor de troca vamos descobrir em breve”, promete.

Menos de 24 horas depois desta “situação vergonhosa” para o JPP, o líder do partido pergunta: “Quantas moedas de ouro recebeu o PS de Paulo Cafofo para se juntar a Jaime Ramos e a Albuquerque? O que recebeu em troca o PS Madeira para trair os madeirenses, e impedir a vinda de Pedro Ramos e António Nunes ao Parlamento dentro de uma semana? Nós não vamos permitir estas jogadas maquiavélicas ao jeito da partidarite tradicional, combinadas para prejudicar o apuramento da verdade sobre os incêndios”, sublinha.

O também líder parlamentar do JPP não se conforma e atira para várias direções: “Com esta sujeira, com esta traição nas costas dos madeirenses, com este golpe para esconder a verdade sobre os incêndios, combinado entre PSD, PS e CDS, Paulo Cafofo revela que é do mesmo calibre que Albuquerque, é farinha do mesmo saco. Cafôfo, com esta atitude, está ao nível de Albuquerque e de Jaime Ramos. É mais um que não inspira confiança!”, sintetiza.

A cisão com o PS cavou fundo: “Deste modo, o PS será colocado doravante ao nível do PSD dos renovadinhos, uma claque de maquiavélicos e de especialistas em jogos de secretaria para se perpetuarem no poder”, classifica Élvio Sousa, lembrando o ditado popular “diz- me com quem andas, dir-te-ei quem és!”

O líder do partido assume um compromisso: “Aproveito também para salientar que o JPP vai reforçar o seu caminho pela Autonomia, pela Região em defesa dos madeirenses. O entendimento que tivemos para liderarmos o governo, em Maio deste ano, foi uma tentativa em vão. O tempo ensina em quem podemos confiar e quem devemos não confiar. Diz o povo que à primeira todos caem, e à segunda cai quem quer”, finalizou.

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