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Miguel Albuquerque e os seus tribais seguidores preparam-se para dar um novo golpe de secretaria com a alteração da Lei Eleitoral para a Assembleia Legislativa da Madeira.

Depois de terem prometido há dez anos alterar o Estatuto Político Administrativo da Região, que ainda permite a acumulação de reformas e ordenados, – e não cumpriram – Albuquerque e Jaime Ramos querem reduzir a presença de mais partidos na Assembleia. Sintomático.

Querem retomar os 11 círculos eleitorais concelhios (extintos em 2006) alimentando o sonho do regresso às maiorias de governo, uma estratégia calculada para a perpetuação do clã de Albuquerque no poder.

Este perigoso retrocesso eleitoral, quando o país discute uma maior representatividade popular no parlamento e os Açores mantêm os círculos de ilha, tem de ser desmascarado à nascença! Antes que a propaganda informativa ao serviço dos Donos Disto Tudo reproduza a tese, sem contraditório!

Questiona-se? O que pensa o PS deste assunto? Estará aliado matreiramente ao PSD numa estratégia de “extermínio” da representatividade parlamentar e dos partidos mais pequenos? O que pensa Manuel António Correia desta jogada negra de bastidores e de retrocesso?

O que pensam os atuais fiadores de Albuquerque que viabilizaram o atual governo, especificamente o PAN, o CHEGA o CDS e a IL? Esta intentona estava no Programa de Governo que aprovaram e bateram palmas? Continuam a confiar nessa dupla Albuquerque/Ramos Lda.? Continuam silenciados perante uma sentença de morte à representatividade parlamentar? Por que razão se encontram calados?

Em traços gerais, a conclusão é óbvia. Perante a podridão que reina dentro do PSD e mediante uma gestão controladora dos seus parceiros avassalados (CDS, PAN e CHEGA), resta a este PSD dos “roubadinhos” lançar mão a uma boia de salvação! A nova Lei Eleitoral. Não vão conseguir!

Albuquerque, que virou um desertor político nos últimos tempos, tem o rei na barriga e lança uma estratégia mercenária, assente no controlo descarado de muitos setores da atividade que vivem da manjedoura do Orçamento. Não larga a imunidade como de uma lapa da rocha se tratasse, e não teve a coragem de enfrentar os seus medos prestando contas no parlamento. Anda foragido da realidade, voltou às costas ao POVO, enquanto parte da ilha ainda ardia e agora lança com Jaime Ramos um último cartuxo para se perpetuar no poder. Não vai correr bem.

Élvio Sousa

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