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O secretário-geral do Juntos Pelo Povo (JPP) pergunta a Miguel Albuquerque onde para o Centro de Inteligência Artificial que, conforme prometeu em outubro de 2021, “seria uma realidade breve” na Madeira. “Não existe, é mais uma promessa enviada para as calendas gregas, como tantas outras que falhou com o JPP, prova de que o presidente do governo e o PSD não conseguem honrar a sua própria palavra”, anotou Élvio Sousa.

O secretário-geral do JPP falava este domingo na Ribeira Brava, em mais uma jornada de agradecimento à população pelo reforço da confiança eleitoral nas eleições regionais de 26 de maio, onde o JPP foi o terceiro partido mais votado.

Foi em outubro de 2021 que o presidente do Governo Regional anunciou a criação do primeiro Centro de Inteligência Artificial da Região, que ficaria sediado na Ribeira Brava. “Passados três anos, perguntamos onde está esse investimento?”, interpela o líder e deputado do JPP, para concretizar. “Miguel Albuquerque tem anunciado com gáudio investimentos em novas tecnologias, prometeu o grande e maravilhoso Brava Valley, da Silicon madeirense, e como sempre não passou das palavras aos atos, o que reforça a caraterística que o JPP tem reafirmado de que a palavra de Albuquerque não vale nada.”

No discurso oficial de Miguel Albuquerque, nos últimos tempos, surge com frequência alusões e promessas de emprego jovem e bem pago nas tecnologias, investimento em novas tecnologias, laboratórios de excelência e digitalização da economia, “tudo promessas em vão, e isso chama-se enganar os madeirenses e criar falsas expetativas”, sintetiza o dirigente político.

Élvio Sousa chamou a Invest Madeira à colação para referir que este organismo devia estar focado na internacionalização da economia e captação de investimento externo, mas, lamentou que a sua atividade “se resuma a gastar milhares de euros do dinheiro dos madeirenses em beberetes, cocktails, degustações e festarolas com amigos de Miguel Albuquerque”.

O secretário-geral do JPP apontou os mais de 90 mil euros anuais de renda, fora o IVA, pagos pela Invest Madeira como outro exemplo de gastos excessivos. Acrescenta que o organismo tem um quadro de pessoal muito reduzido e conclui com uma nova pergunta: “Quantos investidores a Invest Madeira consegui angariar para a Silicon Valley madeirense?”

Recorde-se que o Gabinete da Presidência do Governo Regional chegou a editar uma brochura com 16 páginas que seria uma espécie de guião para os potenciais investidores: “A Ribeira Brava poderá, assim, tornar-se numa nova centralidade baseada em redes formais e informais, com impacto direto e indireto na economia local, tendo ainda potencial para alavancar positivamente todos os municípios da Região”, lê-se nessa brochura.

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