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A Secretaria Regional da Inclusão e Juventude deve viver tranquilamente com a maior taxa de pobreza de Portugal, que atinge 72 mil madeirenses, para ter tempo para brincar à “verdade e consequência” com o Juntos Pelo Povo (JPP).

Também não lhe diz respeito, e por isso tem tempo para distrações, a mentira repetida de que o governo já atribuiu 4 milhões de euros no Complemento Social para Idosos quando os números reais da execução referem apenas 1,7 milhões de euros.

Igualmente não deve preocupar-se com as contas da Segurança Social que não estão auditadas pelo Tribunal de Contas, e talvez por isso sobra tempo para a recreação. Também deve conviver bem com os reparos deste tribunal sobre “a falta de fiabilidade e veracidade” das demonstrações financeiras de 2019 a 2022, tal como com a ocultação da conta de 2023 que só foi publicada após pedido de documentação da nossa parte, já no segundo semestre do ano seguinte ao exercício da Conta.

Tudo isto é insignificante para a Secretaria Regional da Inclusão e Juventude. Com “a casa bem arrumada”, como se vê pelos exemplos referidos, arranjou tempo para desferir, em comunicado, um ataque ignóbil ao Juntos pelo Povo, eivado de mentiras, distrações e “poeira para os olhos”.

Santo Agostinho dizia que “mente aquele que tem uma coisa em mente e expressa outra diferente com palavras ou sinais (…) com a intenção deliberada de querer enganar”.

Este pensamento define muito bem o comportamento da Secretaria Regional da Inclusão e Juventude, acerca do comunicado emitido ontem, onde afirma que “não deu entrada nesta Secretaria Regional qualquer pedido de documentos do JPP”.

Refere a Secretaria Regional que “foi, sim, rececionado no pretérito dia 26 de abril, um pedido de acesso a informação e documentos administrativos, por parte de um cidadão residente em Santa Cruz”.

Sabe a Secretaria Regional e sabe qualquer cidadão com um nível de conhecimento mediano, que o cidadão Élvio Duarte Martins Sousa, o tal “residente em Santa Cruz” é secretário-geral do JPP; recebeu a 26 de maio a confiança democrática de 23 mil madeirenses e porto-santenses e utilizou os mecanismos legais que lhe permitem ter acesso, como qualquer outro cidadão, a documentos e informações dos organismos públicos.

Se a Secretaria Regional da Inclusão e Juventude não conhece o líder do terceiro maior partido da Região, problema endémico da Secretaria, como é óbvio. Já agora, aceitem a humilde sugestão e façam um quadro de honra com as fotografias e os nomes dos principais líderes políticos da Região, assim evitam futuras mentiras.

Enquanto a secretaria regional da Inclusão e Juventude perde tempo em tergiversar, milhares de idosos continuam pobres e sem o complemento regional para ajudar a pagar o alto custo de vida, 72 mil madeirenses vão permanecer na vergonhosa lista de pobreza que coloca a Madeira com uma taxa 10% superior à taxa nacional; as contas do Instituto da Segurança Social continuam opacas e com reparos graves do Tribunal de Contas, isto para dar apenas alguns exemplos.

A consequência deste jogo de baixa política é que todos percebem quem está a mentir e ficamos todos a saber quais são as reais preocupações da Secretaria Regional da Inclusão e Juventude.

Isto não é obra do caso, o objetivo é desacreditar o JPP, mas podem esperar sentados. Vamos reforçar ainda mais a nossa ação de fiscalização dos atos do governo e dos organismos públicos, até destaparmos os negócios nebulosos entre o Governo Regional, o Instituto da Segurança Social e a Associação Atalaia Living Care – IPSS. A partir de hoje, a fiscalização será ainda mais vigorosa.

 

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