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Foi noticiado o despedimento coletivo dos jornalistas da TSF Madeira, alegadamente, por dificuldades financeiras da Notícias 2000 FM, empresa gestora de TSF-Madeira que, “não tendo possibilidade de reduzir mais custos”, procedeu ao despedimento coletivo de três jornalistas do seu quadro de pessoal, que ao longo de vinte anos, exerceram a sua profissão de forma exemplar.

Esta opção, que penaliza o seu principal ativo (quem dá a voz às notícias), objetivo primeiro de um órgão de comunicação e informação é um duro revés a favor do pluralismo da informação e da estabilidade laboral dos profissionais da informação.

Esta decisão adensa os tempos difíceis que vivemos atualmente, assistindo-se a arbitrariedades várias, sob pretextos economicistas que, fragiliza ainda mais, o conhecido “quarto poder” e cala a voz da informação livre.

Com o caminho traçado pela concentração dos meios de comunicação social na Região Autónoma da Madeira, a liberdade de imprensa pode estar em sério risco, assim como a utilização do contexto de Pandemia para estabelecer o clima de medo sobre o veículo de pluralidade informativa.

George Orwell dizia que “jornalismo é publicar aquilo que alguém não quer que se publique. Tudo o resto é propaganda” e é esta a difícil dialética que torna desafiante a profissão de Jornalista, uma nobre arte de informar com liberdade e objetividade.

Pelo exposto e no pleno uso das suas prerrogativas regimentais, a Assembleia Legislativa da Madeira, aprova este voto de solidariedade aos jornalistas da TSF, alvos de despedimento coletivo, expressando-lhes a solidariedade devida, ainda mais amplificada num contexto de crise social e económica que devia ter uma leitura mais solidária das empresas de comunicação social da Região Autónoma da Madeira.

 

O Presidente do Grupo Parlamentar

Élvio Sousa

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