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Santa Cruz é a porta de entrada da ilha, o segundo maior Concelho da Região Autónoma da Madeira, mas um concelho que o Governo Regional esqueceu deliberadamente, afinal, não compartilha da mesma cor política, prova disso é o Porto de Recreio em Santa Cruz, uma infra-estrutura que, em plena época balnear, continua sem reabilitação à vista. Destruído em 2013 pela força das ondas, carrega o peso da incapacidade governativa dos sucessivos governos regionais do PSD.

Há anos que o vejo sucumbir à força das marés, tantos quantos o Governo Regional anda a prometer a sua requalificação, esta última, já com o novo Secretário dos Equipamentos e Infra-Estruturas, Pedro Fino, que garantiu, em diversos momentos públicos, alguns dos quais em Santa Cruz, que a obra avançaria, aliás, está inscrita desde 2019 no orçamento da APRAM (Administração dos Portos Da Região Autónoma da Madeira), mas até hoje, não passou do papel e de promessas vazias.

Perante um Governo Regional que insiste em não resolver a situação, resta a memória de um lugar que em tempos trazia dinamismo ao Concelho de Santa Cruz, foi um espaço balnear apetrechado de roulottes que convidavam a um fim de tarde na promenade, mas também um espaço de realização de eventos, não esquecendo também a importância de servir de suporte e de proteção da orla de Santa Cruz e da própria via-rápida.

Não se pode aceitar como desculpa a insuficiência orçamental quando é clara a descriminação entre concelhos que não sejam da mesma cor política do Governo Regional, vejamos o PIDDAR 2020 (Plano e Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração da Região Autónoma da Madeira) que reserva 91,5 milhões de euros para os municípios que são do PSD, e apenas 17,5 milhões de euros para os municípios de cor política diferente, fazer política assim, não serve os interesses da população.

ANDREIA GOUVEIA
Assistente Administrativa

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