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O JPP esteve junto às muralhas do forte do ilhéu, no Funchal, para denunciar “um mau exemplo de um trabalho que nem pode ser denominado de reabilitação”, referiu o candidato do JPP à Câmara do Funchal, Emanuel Gaspar.

O candidato lembrou que este “imóvel, datado dos inícios do séc. XVII, até ganhou, em 1997, o prémio de reabilitação do Património da Câmara Municipal do Funchal, projeto de autoria do atelier Bugio”.

“Em vez de as lacunas entre as pedras serem preenchidas com mais pedra, foi decidido betonar as juntas com cimento, desfigurando o trabalho exímio efetuado pelos alveneiros de séculos passados”, lamentou.

Emanuel Gaspar frisou que deveria ter sido usado uma argamassa tradicional com cimento, cal e areia da ribeira, o que tornaria a massa mais escura, mais ocre e, como tal, mais integrada. “Como de resto fez, há muitos anos, o experimentado arquiteto Victor Mestre na reabilitação do aqueduto de Machico”, recordou.

Esta obra que foi efetuada sob a vigência do Vice-presidente à data, Pedro Calado, que detinha a tutela dos portos na RAM, faz hoje o JPP questionar se “o agora candidato à Câmara do Funchal vai continuar a desprezar o nosso património como o fazia enquanto Vice-Presidente, ou se vai começar a pedir parecer aos técnicos superiores muito habilitados que a Direção Regional da Cultura possui?”

“Fica ainda a dúvida se esta muralha é o espelho da visão de reabilitação do património que o dr. Pedro Calado tem para a Praça do Colégio, que teria de ser feito, depois da construção do parque de estacionamento megalómano subterrâneo a ser construído no meio de inúmeros edifícios de valor patrimonial incalculável?”, concluiu.

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