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Élvio Sousa, Secretário-geral do Juntos pelo Povo (JPP), reuniu, este domingo, com o Presidente da República, reunião que já havia sido solicitada, há vários meses, pelo JPP.

Esta reunião serviu, essencialmente, para discutir a situação económica e social da Região Autónoma da Madeira, sobretudo no que concerne ao custo de vida a que está sujeito um cidadão português que vive nas Regiões Autónomas.

“Somos uma Região de contrastes, com um PIB elevado em função do CINM, mas ao mesmo tempo com mais de 81 mil pessoas em risco de pobreza, ou seja 1 em cada 3 madeirenses passa dificuldades e está abaixo do limiar da pobreza”, referiu Élvio Sousa.

“A liberalização dos transportes não veio aliviar o custo de vida, antes pelo contrário. Temos preços mais caros de produtos essenciais altamente inflacionados pelos custos elevados do transporte marítimo; temos tarifas aéreas a custar 713 euros para viajar no território nacional, sobretudo de uma companhia 98% portuguesa (TAP), sem esquecer que o preço também se deve a um péssimo modelo de subsídio social de mobilidade”, reforçou.

“De certa medida estamos reféns de muitos interesses e monopólios de três ou quatro famílias. O que mudou foi, essencialmente, o nome dos capitães-donatários, que acabam por concentrar poder económico sobre o poder politico e onde o povo e as pequenas e médias empresas trabalham para pagar os custos excessivos da gestão palaciana”.

“Prova disso, é que apesar do regime politico ter mudado, e dos 600 anos de evolução histórica, a resolução dos problemas das ilhas por parte do “Reino” é morosa e depende de boa vontade dos governantes. O exemplo, mais recente, e que de certa forma condiciona e limita a única porta de entrada aérea, é o vergonhoso adiamento, da instalação dos equipamentos de monitorização dos ventos do Aeroporto da Madeira; a ausência de um verdadeiro Plano de Contingência para fazer face aos constrangimentos da inoperacionalidade, para não falar das mais altas taxas aeroportuárias do País”.

“Também transmitimos que o IVA da eletricidade e do gás deve ser resposto à taxa reduzida, e equiparados a um bem de primeira necessidade. Reduzir os custos de vida das famílias portuguesas, que também se deparam com custos excessivos dos combustíveis e de habitação, deve constituir um desígnio nacional”, salientou.

Relativamente às recentes medidas tomadas pelo Governo Regional da Madeira, Élvio Sousa considerou serem “autoritárias, tendo presente que temos 85% da população vacinada, além do impacto económico e social, quando transmitidas de forma atabalhoada”, concluiu.

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