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Na passada quinta-feira, 31 de dezembro, o presidente do Governo Regional, Dr. Miguel Albuquerque, anunciou que toda a população escolar, um universo de 52 mil pessoas, vão ser submetidas a testes rápidos para COVID-19, visando garantir mais segurança para todos.

Desta forma, iniciando-se já na próxima segunda-feira o regresso à escola, urge que o Governo Regional defina quando e como serão realizados os testes.

Não podemos admitir que, como é apanágio deste governo, apenas na véspera ou no próprio dia, seja feita a divulgação dos procedimentos, neste caso, do plano de testagem à comunidade escolar.

Uma vez mais, é notória a forma leviana como são apresentadas, pelo Presidente do Governo Regional, as medidas a adotar. Primeiro são lançadas na comunicação social e só posteriormente é que são definidos o plano e os procedimentos para a sua operacionalização. A metodologia de comunicação das medidas devia ser de forma inversa, para que estas não tenham um efeito contraproducente na população, aumentando a sua angústia e sofrimento.

É do conhecimento geral que os enfermeiros – a quem deixamos o nosso louvor e agradecimento – estão a trabalhar no limite, não têm capacidade para mais testagens, estão exaustos e não deverão ter possibilidade de assumir mais esta função.

Neste seguimento, questiona-se, como se irá processar a realização destes testes e, ainda, se a Região dispõe de recursos humanos para a execução deste procedimento?

Para que a medida seja eficaz tem de ser executada num curto espaço de tempo e de forma a isolar casos positivos, impedindo contágios dentro do meio escolar. Salientando que, pela natureza do teste rápido, a probabilidade de obter falsos negativos é significativa, ou seja, importa ressalvar que, um resultado negativo num teste rápido não permite excluir, por si só, uma infeção pelo SARS-CoV-2.

Havendo atualmente na Região 3 concelhos com Risco Elevado de transmissão para a Covid-19: Funchal, Câmara de lobos e Ribeira Brava, o JPP reitera a pertinência em divulgar com urgência o plano de testagem à comunidade escolar.

Tendo em conta toda a situação epidemiológica atual na Região, entende o JPP que para garantir a eficácia de todo este processo e proporcionar maior segurança às famílias, alunos, pessoal docente e não docente, deveria ser adiado, por concelho ou se possível por escola, cabendo a estas no âmbito da sua autonomia a decisão, para o início das atividades letivas.

Paulo Alves

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