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O Juntos pelo Povo (JPP) foi esta manhã ao centro de saúde do Bom Jesus lembrar que “as medidas que assentam no paradigma do PSD ‘obra feita, problema resolvido’, não têm resultados nos indicadores de saúde da população”.

Bruno Pestana, membro da concelhia do Funchal do JPP, referiu-se às obras de remodelação naquele centro de saúde, inauguradas esta semana. “O Governo Regional congratulou-se com uma obra que custou 5,9 milhões de euros, tentando associar às obras de edifícios melhorias na saúde, quando os indicadores não revelam esse investimento, como podemos ver nos resultados de um relatório com a chancela da Organização Mundial da Saúde que revelou que a Madeira tem a segunda taxa mais elevada de prevalência de obesidade e excesso de peso infantil do país”, salientou.

O JPP considera bem-vinda esta obra que vem melhorar as condições para os utentes e para os profissionais, mas lembra que é preciso mais:

“Não se mudou a oferta alimentar dentro deste edifício. As máquinas de venda automática continuam a ter chocolates, bolachas, sumos, que têm gordura, açúcar e sal muito acima do que é recomendado. Além das crianças, cerca de 60% dos adultos continua a ter excesso de peso ou obesidade. É preciso resolver este problema com incentivos para que as pessoas possam melhorar os seus hábitos de vida, nomeadamente através da sua alimentação.”

Bruno Pestana recorda que o Governo Regional já tem desde 2007 um programa de alimentação saudável e sustentável, para tentar incentivar e melhorar os hábitos alimentares da população, mas não consegue dentro dos próprios edifícios dos centros de saúde e dos hospitais melhorar a oferta alimentar.

“Este é um problema que importa relevar. Se não tivermos cuidados, vai piorar cada vez mais a situação de saúde, originando uma maior procura dos serviços de saúde na Região. É tão importante acabar com a lista de cirurgias e consultas, como é importante encontrar estratégias para que elas não aumentem”.

Para o JPP, só é possível melhorar a saúde das pessoas com o empenho de todos, com incentivos por parte do Governo Regional e com o próprio Governo a liderar um processo de mudança, dando o exemplo, no mínimo, dentro das suas instituições de saúde, mostrando que é possível alimentar-se bem e com melhores resultados de saúde a longo prazo.

“Pensar só num ciclo eleitoral de quatro anos e manter as pessoas com indicadores que não são bons, não vai resolver um problema de sustentabilidade do sistema nacional e regional de saúde que no momento, muitos gestores dizem ser completamente incomportável”, reforçou Bruno Pestana.

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