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O Juntos pelo Povo (JPP) realizou uma conferência de imprensa destacando a entrega da sua colaboração na consulta pública para o estudo de impacte ambiental do Caminho das Ginjas.

Segundo Rafael Nunes, porta-voz da iniciativa e Vice-Presidente do Grupo Parlamentar esta colaboração com cerca de 70 páginas e um total de 127 pontos, foi conclusiva em comprovar as lacunas deste relatório.

Rafael Nunes refere-se a um relatório “muito incompleto, com uma aberrante falta de rigor técnico e científico, como por exemplo, a incapacidade de identificar corretamente as espécies presentes na zona das Ginjas”.  O deputado do JPP vai ainda mais além referindo que não  entende o parecer favorável “à destruição de grande parte de um rico património natural, como é a floresta Laurissilva.  Como é que se pode querer destruir este património sem saber o que lá existe, sem ter a noção que podemos estar a erradicar espécies únicas em todo o mundo, que nem foram analisadas neste estudo”.  Rafael Nunes dá como exemplo dados do IFCN, que indicam, a existência de mais de 500 espécies endémicas existentes na Laurissilva, que não foram consideradas neste estudo de impacto ambiental.

Segundo o deputado do JPP, este relatório dá ideia de “um fato feito à medida das pretensões de um Governo Regional, que ainda antes da publicação deste estudo, já havia avançado com a intenção de avançar com a estrada “quer queiram quer não”, segundo as palavras do próprio presidente do Governo em agosto de 2019”.

“Avançar com a asfaltagem das Ginjas, em plena pandemia, não é só um ataque direto à Laurissilva, mas também um ataque económico e social à população da Madeira. O JPP não concorda que numa altura que a taxa desemprego sobe de uma forma indiscriminada, quando o tecido económico e empresarial implora por mais apoios públicos, quando o setor da saúde suplica por mais ajuda e um maior financiamento púbico, o Governo Regional PSD/CDS teime em gastar 10 milhões de euros numa obra que vem destruir grande parte do Património Natural da Região.”

O JPP não baixará os braços, irá aguardar que o Governo Regional emita a Declaração de Impacte Ambiental desfavorável e que tome em consideração a participação recorde que assistimos na passada terça-feira, com várias pessoas e ONG´S Regionais a marcarem a sua posição na defesa da floresta Laurissilva. “Caso o Governo não abandone o projeto, o JPP estará em condições de levar esta situação até às últimas consequências”, conclui o deputado.

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