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Na atividade desta manhã do JPP Funchal, Emanuel Gaspar, porta-voz da iniciativa defendeu que, tal como se verifica em “qualquer cidade europeia desenvolvida e civilizada”, as políticas de mobilidade “deverão retirar os automóveis dos centros históricos das cidades, devolvendo as ruas aos peões em segurança, para que estes usufruam de explanadas, sem poluição, do comércio e contemplem a arquitetura urbana”.

“Ora a autarquia do Funchal, presidida pelo Dr. Pedro Calado, pretende executar uma política de mobilidade exatamente contrária à sustentabilidade ambiental, urbanística e turística, injetando mais automóveis no centro congestionado do Funchal, e ainda com a agravante de situar o novo parque de estacionamento numa zona delicada de edifícios históricos classificados”, lamentou o conceituado Historiador madeirense”.

“O abrir de um buraco na praça mais bonita e icónica do Funchal, a Praça do Município, executada nos inícios dos anos 40 do séc. XX, por uns dos mais conceituados arquitetos portugueses, Francisco Caldeira Cabral e Raul Lino, vai desfigurar a praça, mesmo que depois reposta na sua linguagem inicial”, reforçou.

“Além disso, em boa verdade e em consciência ninguém poderá garantir que as obras de construção, com a inevitável trepidação, não irão causar danos nos edifícios históricos classificados da Igreja e Colégio dos Jesuítas, no antigo Paço Episcopal, hoje Museu de Arte Sacra do Funchal, e mesmo no próprio palacete da Câmara Municipal”, destacou.

“É demasiado arriscado, a nível de engenharia e de preservação do nosso valioso Património Construído, executar um parque de estacionamento naquele lugar emblemático da cidade, para além do transtorno que irá causar nesta zona do Funchal durante a sua construção”.

“O JPP é contra a construção de mais parques de estacionamento subterrâneos no delicado centro histórico da cidade, mas a edificar, nós propomos que seja construído na zona do atual parque a descoberto da Reitoria da Universidade da Madeira. O espaço é propriedade do Governo Regional, que está cedido por trinta anos à Universidade, estando por isso assegurada a conjugação de esforços quer por parte de Albuquerque, quer por parte de Calado, ambos do mesmo partido político, para naquele lugar construir”.

“Ali, nas traseiras do Colégio dos Jesuítas, a construção do hipotético parque não colocaria em risco os edifícios históricos classificados em redor da Praça do Município, não se destruía o largo, não causaria tanto transtorno na cidade durante a sua construção, quer a nível de ruído e mobilidade, quer a nível de impacto visual. E o novo parque ficaria a dois passos da Praça do Município”, concluiu.

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