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O JPP voltou ao tema da saúde, alertando para a “dívida que o Governo Regional tem com os enfermeiros de toda a Região”, referiu Paulo Alves, lembrando todo o trabalho desenvolvido por estes profissionais que “estiveram na linha da frente do COVID”.

O deputado do JPP frisou vários exemplos que comprovam esta situação e que foram abordados na reunião mantida com o Sindicato dos Enfermeiros da RAM, situação que tem gerado um descontentamento geral nestes profissionais.

“Os enfermeiros continuam à espera que o Governo Regional pague o prémio COVID, relativamente ao ano de 2021, valores que estavam previstos no orçamento do ano passado, mas que não foram pagos. Estamos já no segundo semestre de 2022, mais de um ano depois. Porque não foi pago?” indagou o parlamentar.

Outro problema que para o JPP é “gravíssimo” prende-se com a falta de enfermeiros na Região, estando estimado um “défice entre 250 e 300 enfermeiros” e este número pode muito bem ser “confirmado com os valores que o Serviço Regional de Saúde paga em horas extraordinárias a estes profissionais, além das próprias orientações de organismos internacionais”, destacou Paulo Alves.

“Porque não se contrata mais enfermeiros para o Serviço Regional de Saúde? Isto é, essencialmente, uma decisão política”, frisou o deputado.

“Existe também uma situação especifica que diz respeito à atribuição dos pontos para o reposicionamento remuneratório e que neste momento penaliza os enfermeiros”, referiu.

Os enfermeiros no ano 2019/2020 têm direito a 4 pontos para poderem progredir na carreira, “uma espécie de bonificação pelos tempos de pandemia”. No entanto, “para poderem usufruir dessa progressão, o Governo Regional teria de os ter notificado, algo que nunca aconteceu”.

“Neste momento, existem muitos enfermeiros que desconhecem a sua posição remuneratória porque o Governo Regional não os notificou dos pontos, havendo mesmo cerca de 40 enfermeiros chefes e especialistas que estão impedidos de subir na posição remuneratória porque não foram notificados.

“É esta a forma do Governo Regional agradecer a estes profissionais? É assim que se valorizam os enfermeiros da nossa Região?”, questionou.

“Não bastam palmas. Não bastam palavras bonitas. Temos de valorizar, verdadeiramente, os enfermeiros e todos os profissionais de saúde da Região Autónoma da Madeira”, concluiu Paulo Alves.

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