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Numa altura em que o Governo Regional da Madeira se congratula que o valor do Rum/aguardente duplicou, e mesmo outros derivados da cana, continua por pagar, este mês, os 2 cêntimos/kg aos agricultores da cana-de-açúcar da Madeira prometidos por Humberto Vasconcelos e Miguel Albuquerque.

Não podemos aceitar que continuem a escravizar estes produtores, pois os valores prometidos, e mesmo assim muito abaixo daquilo que seria um preço justo, foram 0,36€ ao Kg, com a garantia do Governo  Regional garantir mais 2 cêntimos, mas  ainda não cumpriu a palavra. Tem sucedido que alguns produtores têm tirado um dia de trabalho para se deslocar à Secretaria da Agricultura, no Funchal, e têm voltado revoltados e de mãos vazias, sem uma resposta cabal e sem o pagamento de 2 cêntimos.

A verdade é esta. Enquanto estas centenas de agricultores estão a suportar os custos elevados da mão-de-obra, dos adubos e fertilizantes, o valor pago quer pelo setor quer pelo incentivo europeu é uma miséria. Estes produtores de cana-de-açúcar não poderão continuar a ser explorados e a receber apenas 340€ por tonelada, quando, por exemplo, o valor da aguardente duplica no mercado, e o Governo congratula-se por isso esquecendo quem cultiva e quem produz. O valor do Rum duplica, mas os agricultores continuam a empobrecer.

Tenhamos os dados estatísticos regionais, como forma de diagnóstico: desde que Miguel Albuquerque e Humberto Vasconcelos tomaram posse como membros do Governo Regional, a produção de cana-de açúcar tem vindo a baixar. De 10812 toneladas em 2016, em 2021 baixou para 9203 toneladas, o que demonstra uma verdadeira falta de incentivos e de ajudas direta aos produtores de cana, tal como o incentivo de 10 cêntimos aos produtores de banana.

Por isso o JPP vai apresentar, esta semana, uma proposta legislativa para que o valor por kg suba este ano para os 0,44 cêntimos, um preço que acompanhe o custo de vida, o valor da inflação e os aumentos sofridos na agricultura.

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