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Em contacto com os agricultores, comerciantes e artesãos, na XVIII Mostra da Banana na Madalena do Mar, várias foram as queixas que os bananicultores apresentaram ao JPP.

Apesar do constante crescimento do sector produtivo da banana, que tanto é propagandeado pelo Governo Regional, o que se verifica é que os bananicultores continuam a aguardar o cumprimento da promessa do Governo Regional no que concerne à distribuição dos lucros da GESBA.

Rafael Nunes diz não compreeder como é que, em 2017, com um “total de vendas de 17,5 Milhões de euros (mais 305 mil euros do que no ano anterior), não exista um significativo aumento do preço por kg de banana este ano”, ao contrário do prometido em ano de eleições autárquicas.

Frisou, também, a inoperância do Governo Regional no apoio aos agricultores vítimas das catástrofes naturais de fevereiro último: “como é que os agricultores continuam a a aguardar a confirmação dos prejuízos declarados e o pagamento prometido pelo Governo?”. “Apesar de velozmente propagandeados, na prática, surgem-nos queixas de agricultores que, 4 meses depois, continuam a aguardar a confirmação dos prejuízos e temem ter de aguardar outros tantos meses até que lhes seja concedido o apoio”, salienta Rafael Nunes.

Uma vez que o Governo não salvaguardou em orçamento este género de situações, os agricultores foram obrigados a aguardar pela aprovação do retificativo. Orçamento que já foi aprovado, mas ainda não foi garantido o desbloqueio destas verbas. “Torna-se óbvia a opção de muitos agricultores que desistem do apoio durante este tempo de espera e suportam, eles mesmo, as despesas, não arriscando ficar tanto tempo sem os seus cultivos e, consequentemente, sem o sustento das suas famílias”.

O deputado referiu ainda, com estranheza, o facto da mais expressiva associação de produtores de banana da RAM (ABAMA) não ter sido autorizada, pela casa do Povo da Madalena do Mar, a ter um espaço na Mostra da Banana, tendo a direção da Associação prometido contornar a situação pelos seus próprios meios com o apoio da Câmara Municipal da Ponta do Sol, dos vários bananicultores que compõem a associação e simpatizantes da sua causa.

“É lamentável que um evento relacionado com uma das produções mais significativas da Madeira, como é a banana, não convide para o evento a mais expressiva associação da mesma a estar representada, obrigando a associação ter de ter a iniciativa e lutar “contra a maré” para se fazer ouvir, dando sinais de que ainda há muito caminho a percorrer na democratização destes eventos”, frisa Rafael Nunes.

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