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Em ano de eleições é comum sermos brindados por inúmeras sondagens acerca de tudo e de nada. Ora são sondagens sobre o trabalho dos políticos, ora são sondagens sobre o grau de satisfação das populações, ora são sondagens sobre o trabalho realizado. Há de tudo e para todos os gostos. Há empresas especializadas neste tipo de trabalho, muitas delas “coladas” a interesses ou lobbies.

Numa Região como a Madeira onde residem pouco mais de 250 000 habitantes (segundo os Censos 2021) as sondagens tendem a ser redutoras face à amostra que sustenta os resultados. Por outro lado, convém refletir sobre o universo da amostra, pois verifica-se um aumento na população idosa (ainda segundo os Censos 2021, a população com mais de 65 anos continua a crescer) em contraciclo com a população jovem (com menos de 15 anos) que diminui devido à baixa taxa de natalidade. Analisando estes dados, coloca-se as seguintes questões: como foram feitas as recolhas de opinião para validar as sondagens? Que faixas etárias dominaram nos dados? Em que período foram feitas as recolhas? Que instrumento foi utilizado (telefone, email, presencial)?

O que importa verdadeiramente é refletir sobre a importância que se deve dar às sondagens, sabendo desde logo que a interpretação das mesmas será sempre subjetiva e de acordo com o perfil de quem interpreta. Ora, se para uns as sondagens podem ser um estímulo, qual balão de oxigénio para enfrentar as “batalhas” que se avizinham, para outros pode significar um certo relaxamento. E é aqui que está o busílis da questão: Se as sondagens são publicadas por órgãos de comunicação manietados pelo GR, até que ponto a fiabilidade das mesmas reflete o estado atual das coisas?

É comum ouvir-se dizer que a população está descontente, que os problemas socioeconómicos tendem a agravar-se ainda mais, que é preciso mudar, que é necessário inverter as políticas que degradam a qualidade de Vida dos Madeirenses e Portos-Santenses. E a melhor forma de o fazer é nas Assembleias de Voto. O Voto é a melhor “arma democrática” ao serviço do Povo. Exercer esse dever cívico é corporizar um direito à indignação, é participar ativamente no processo de mudança.

Daí que projetar as sondagens é navegar em alto-mar sem GPS, onde a navegação é feita ao sabor do vento. E todos nós sabemos que os ventos cruzados na Região têm sempre epicentro na Quinta Vigia. Otto Von Bismark, primeiro Chanceler Prussiano, diz-nos que “Nunca se mente tanto antes das eleições, durante uma guerra e depois duma caçada”. O JPP, está mais que visto, será o alvo a abater. Sondagens surgirão para esmorecer a população, para criar a falsa ideia de que está tudo decidido. Não nos deixemos iludir, porque as sondagens são projeções com as duas mãos cheias: uma de tudo e outra de nada. Saibamos usar conscientemente ambas as mãos, pois só com as duas mãos firmes conseguiremos “agarrar” e “projetar” a nossa mensagem. Em frente, sem Medo!

Zé Carlos Mota

Observação:

– A responsabilidade das opiniões emitidas nos artigos de opinião são, única e exclusivamente, dos autores dos mesmos, pois a defesa da pluralidade de ideias e opiniões são a base deste espaço criado no site;

– Os posicionamentos ideológicos e políticos do JPP não se encontram refletidos, necessariamente, nos artigos de opinião contemplados nesse mesmo espaço de opinião.

 

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