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O turismo de natureza da Madeira é um setor responsável pela captação de 1,3 milhões de turistas, 7,2 milhões de dormidas e uma taxa de ocupação na ordem dos 72%.
Embora a importância de que se reveste este setor para a Região, os espaços naturais e os respetivos percursos pedonais que atravessam as nossas áreas classificadas encontram-se profundamente manchados por sinistros que preenchem as páginas dos jornais. São relatos de acidentes e mortes nas nossas levadas, incluindo os percursos recomendados pelo Governo Regional.
“E é verdade que muitos acidentes eram evitáveis por resultarem do descuido e incúria dos próprios visitantes, porque não raras vezes cruzamo-nos com turistas de havaianas que caminham por percursos escorregadios, com turistas que se desviam dos trilhos para captar aquela foto perfeita, mais perfeitas do que a dos outros, ou simplesmente que decidem se aventurar em percursos menos concorridos, não recomendados, sem saberem quais as suas reais condições de segurança.
Mas o que dizer dos percursos recomendados pelo Governo Regional?
Tive a oportunidade de recolher as seguintes fotos há poucos dias, ao fazer o percurso recomendado da vereda da ponta de São Lourenço, onde verifiquei um percurso com um varandim de segurança completamente destruído em vários troços. Com cabos partidos, suportes arrancados do chão e que negligenciam completamente a proteção dos caminhantes” referiu o deputado Rafael Nunes.

“Inclusive, é possível verificar na imagem, diversos turistas junto à berma da rocha, uma vez que o varandim não veda esta arriba. E mesmo se excetuarmos a berma, toda aquela plataforma aparentemente estável está, na realidade, sustentada por depressões côncavas que podem ruir a qualquer momento”, frisou o deputado.
“Como é que podemos garantir um destino de excelência? Como é que podemos garantir um destino de segurança, quando num dos percursos pedestres com maior procura pelos amantes da natureza, encontramos este cenário?” interrogou Rafael Nunes salientando que é necessário “preservar e estimular o nosso turismo, através de políticas de gestão sustentadas que respeitem as recomendações da comunidade científica”.
É urgente “que este Governo «saia da caixa» e comece a ver, ouvir e sentir o porquê da nomeação da Madeira como Melhor Destino Insular da Europa”.

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