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Debate estéril o que aconteceu ontem na Assembleia Legislativa Regional, na tentativa de responsabilizar o recuo do Governo da República, no apoio prometido de comparticipar 50% da construção do novo hospital, pela falta de ação concreta por parte do Executivo regional. Vejamos por partes:

Faltam 7 anos para começar o novo hospital

A estratégia do novo vice-presidente do Governo Regional de responsabilizar quase exclusivamente o Governo da República pela situação regional não deixa de ser sintomático. Já Miguel Albuquerque seguiu a mesma estratégia, com o novo subsídio de mobilidade (cozinhado com o então Primeiro-Ministro, Passos Coelho) e com o ferry prometido, mas dificilmente a situação pegou. Agora o contencioso será sistemático.

Ficou claro que o novo hospital… só daqui a 7 anos. Até lá, continuará os Marmeleiros a cair, a lista de espera a aumentar, e a faltar medicamentos…

Onde pára Miguel Albuquerque?

A situação parece pensada. Desviam-se as atenções para o Governo da República e para o “discurso de campanha” do novo vice-presidente Pedro Calado, cujas prioridades estão claramente pensadas para o investimento das acessibilidades, quando Miguel Albuquerque, ausente do debate, é remetido para as “urgências” da nova estratégia de comunicação social-democrata. Está escolhido o novo gestor do setor, entre outros, da construção. Clarinho.

Hospital ou investimento em betão

As prioridades deste governo PSD são distintas. Com a entrada de Pedro Calado somam-se, em três semanas, pelo menos mais de 39 milhões para acessibilidades, uma das quais de 23 milhões que davam, de uma assentada, para pagar a aquisição e expropriação de terrenos para o novo hospital da Madeira. Não venham, agora, com as histórias de que o Governo da República não inscreveu verbas, de um compromisso de 50%. A Região Autónoma da Madeira tem que dar o exemplo: tomar posse do terreno, fazer o projeto e avançar. Como diz Miguel Albuquerque: é só paleio e conversa fiada. Sim, senhor, agora para o lado do PSD.

As falhas

Fala, agora, um PSD, mais empreiteiro e cimenteiro, que é preciso um novo hospital da Madeira que, pelo andar da carruagem, só para depois de 2023. Fala agora um novo secretário da Saúde, que propagandeia números disto e daquilo, mas omite a real situação da Saúde na Madeira e Porto Santo. Por exemplo, em Machico e para a saúde oral, crianças e idosos com dores esperam mais de 6 meses para a marcação de uma consulta dentária. O médico dentista vai de férias e o SESARAM não o substitui. Outro exemplo, a oftalmologia. A maior parte das consultas atualmente realizadas são de lista de espera de 2015: 2 anos de espera para uma consulta. Inadmissível para um Governo PSD que diz defender o social.

*Artigo de opinião publicado no Diário de Notícias – Madeira / 10-11-2017

 

Élvio Sousa
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