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O JPP rompeu com a sua participação no Grupo Municipal Confiança, na Assembleia Municipal do Funchal, passando agora a atuar individualmente uma vez que está desvirtualizada a razão da sua existência, existência essa nunca fundamentada num acordo pós-eleitoral.

Esta não foi numa decisão fácil pois o JPP, enquanto partido de causas, acredita, até ao último momento, nos projetos em que se envolve. Contudo, há limites para tudo, inclusive para a paciência. Ao longo deste primeiro ano do segundo mandato do presidente independente Paulo Cafôfo, vários foram os momentos em que um dos partidos que o apoiam, nomeadamente o Partido Socialista, abusou da sua posição, tentando manipular a ação dos partidos parceiros que viabilizam a ação do executivo através das deliberações em sede de assembleia municipal. São várias as razões pelo qual não permitimos mordaças:

  1. O Presidente da CMF anunciou a sua candidatura a Presidente do Governo Regional da Madeira, na comunicação social, sem informar os partidos que sustentam a sua governação;
  2. O JPP foi preterido nas suas sugestões e censurado ao nível das suas propostas, nas reuniões de preparação da assembleia municipal, defraudando os munícipes que veem as suas reivindicações deitadas por terra;
  3. Havia uma constante ausência de diálogo entre as partes. Prova disso é que as propostas do executivo camarário não eram apresentadas nem discutidas internamente, sendo que o JPP só delas tinha conhecimento após a reunião dos vereadores e pela comunicação social, ou seja, depois de todos os partidos da oposição. O mesmo se passava com os documentos que o executivo camarário pretendia levar à assembleia municipal, sem discussão prévia, mas já do conhecimento dos partidos da oposição (reunião de líderes);
  4. Apesar dos avisos de que o JPP não está “à venda”, continuaram as pressões centralistas de Lisboa, as tentativas de coação de grupos económicos monopolizadores bem conhecidos da Região e de responsáveis autárquicos, tentando manchar, minar e desestabilizar o papel independente e fiscalizador do JPP, perante o compromisso assumido com os funchalenses;
  5. Existiu a tentativa frustrada de eliminar a designação do partido de onde é proveniente o deputado municipal, integrado no Grupo Municipal Confiança, nos documentos por ele apresentados em Assembleia Municipal, tentando que perdesse a sua identidade;
  6. Quanto ao pedido de um espaço na CMF para atendimento dos munícipes por parte do deputado municipal do JPP, este nunca foi concedido, à semelhança de Machico, governado pelo PS, o que não aconteceu na Ribeira Brava onde éramos oposição;

O JPP continua a manter os funchalenses em primeiro lugar, mesmo apesar das consequências que poderão advir das nossas decisões, certos da nossa independência e dedicação à causa pública. Acreditamos nos nossos autarcas das juntas de freguesia e no trabalho que têm realizado em parceira com os órgãos executivos e deliberativos das mesmas, dando mais voz ao Funchal!

*Artigo de opinião publicado no Tribuna da Madeira / 12-10-2018

Patrícia Spínola
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